Convocar, Mobilizar, Enfrentar: O Papel das Redes Sociais Digitais na Tentativa de Golpe de Estado em Moçambique a 7 de Novembro de 2024
Por Curtis Chincuinha
Resumo
O presente artigo examina os acontecimentos de 7 de Novembro de 2024, em Moçambique, à luz do conceito de golpe de Estado híbrido. Parte-se da hipótese de que as acções desenvolvidas nesse contexto ultrapassaram os limites de manifestações populares espontâneas, configurando uma estratégia deliberada de subversão político-institucional. Utiliza-se como base teórica a abordagem de Singh (2014), que reformula o conceito de golpe ao incluir formas indirectas de coerção, bem como as contribuições de Patrikarakos (2017) sobre a centralidade das redes sociais na guerra informacional contemporânea. A análise identifica indícios de planeamento prévio, como a circulação de instruções operacionais e a mobilização interprovincial de manifestantes, articulando uma tentativa de captura simbólica do poder político. A resposta estatal, por meio da contenção territorial e de acções de comunicação estratégica, corrobora o entendimento de que se tratou de uma ameaça à ordem constitucional. Conclui-se que os eventos de Novembro de 2024 ilustram uma nova morfologia de golpe de Estado, exigindo reconfigurações nos mecanismos de defesa democrática perante ameaças híbridas.
Introdução
Os eventos de 7 de novembro de 2024 em Moçambique, embora inicialmente divulgados como manifestações populares, exigem uma análise aprofundada que revele a sua complexidade multidimensional. Longe de serem um mero protesto democrático, estes acontecimentos evidenciam uma articulação que combina mobilização digital, coerção simbólica, preparação logística e tentativas explícitas de acesso ao centro do poder político. Este artigo argumenta que tais ações configuram uma tentativa de golpe de Estado de natureza híbrida, uma manobra de subversão institucional que emprega meios convencionais e digitais de contestação, juntamente com estratégias de manipulação da percepção pública e desestabilização da ordem constitucional.
A presente reflexão fundamenta-se na abordagem teórica de Naunihal Singh (2014), que redefine o golpe de Estado como um processo dinâmico onde a perceção de sucesso, e não apenas o uso direto da força, é crucial para a adesão institucional e o colapso político. Complementarmente, integra-se a perspetiva de David Patrikarakos (2017), que destaca o papel das redes sociais digitais como arenas de poder, onde a informação, a imagem e a emoção são tão determinantes quanto as armas. Esta confluência teórica permite compreender que a lógica do golpe contemporâneo transcende o âmbito militar e se manifesta no domínio da guerra simbólica e narrativa.
A análise proposta examina episódios factuais ocorridos antes e durante 7 de novembro, como a disseminação de instruções para resistir às forças de segurança e a circulação de mapas com rotas para a Presidência da República, bem como a resposta operacional do Estado. Estes elementos, em conjunto, revelam um planeamento e intencionalidade que superam a espontaneidade de uma simples manifestação. Ao propor este enquadramento, o texto insere-se no debate sobre segurança democrática e as mutações contemporâneas das formas de poder e contestação, alertando para a necessidade de instituições resilientes e uma sociedade civil atenta face a golpes de Estado não convencionais.
Fundamentação Teórica
A compreensão contemporânea dos golpes de Estado exige um alargamento conceptual que transcenda as suas manifestações clássicas, tradicionalmente associadas à ação direta das forças armadas. Naunihal Singh (2014) argumenta que o sucesso ou fracasso de um golpe não se ancora no uso da força militar, mas na capacidade de criar e manter uma percepção de inevitabilidade perante atores estratégicos, como os comandos militares e setores-chave do aparelho estatal. Para Singh, "os golpes de Estado são essencialmente jogos de coordenação, nos quais a percepção de sucesso gera adesão e a percepção de fracasso gera isolamento" (Singh, 2014, p. 6). Esta perspetiva permite interpretar o golpe como um fenómeno psicológico e comunicacional, que pode incluir desinformação, mobilização emocional, manipulação mediática e pressão simbólica, sem recurso direto à força física.
David Patrikarakos (2017) complementa esta visão ao analisar a guerra informacional na era digital, onde atores não-estatais adquirem poder através do domínio do campo simbólico e comunicacional. Segundo Patrikarakos, "a guerra moderna é travada tanto com memes quanto com mísseis" (Patrikarakos, 2017, p. 14), evidenciando o papel central das redes sociais digitais na mobilização, subversão e manipulação da realidade política. Assim, a tomada do poder pode ser precedida por um colapso da legitimidade institucional orquestrado no espaço virtual, antes de qualquer ação física.
Neste contexto, os golpes híbridos emergem como novas formas de subversão política em democracias frágeis, combinando elementos tradicionais (mobilizações físicas e tentativas de ocupação territorial) com táticas digitais (manipulação da percepção pública, disseminação de desinformação e convocação em rede). Esta abordagem integrativa, que considera a lógica da ação coletiva, a percepção estratégica dos atores institucionais e o papel performativo da comunicação digital, serve de base para a análise dos eventos em Moçambique, permitindo compreender a sua natureza excepcional e potencial desestabilizador face aos desafios das democracias periféricas na era tecnológica.
Contexto Pós-Eleitoral e Mobilização Digital
Em 7 de novembro de 2024, Moçambique testemunhou uma série de eventos que transcenderam o escopo de manifestações políticas convencionais, configurando uma tentativa de golpe de Estado híbrido. O ambiente sociopolítico prévio era de intensa tensão pós-eleitoral, com alegações de fraude e manipulação que corroeram a confiança pública nas instituições democráticas (RFI, 2024). Este clima de desconfiança foi catalisado por atores políticos e mediáticos, alimentando uma narrativa de ilegitimidade que preparou o terreno para a contestação direta.
As redes sociais digitais, como WhatsApp, Facebook, TikTok e Telegram, desempenharam um papel crucial na mobilização e disseminação de discursos de deslegitimação do governo. Nessas plataformas, circularam vídeos, áudios e textos apelando à paralisação do país e à ocupação de pontos estratégicos em Maputo, como a Praça da Independência e os acessos ao Palácio da Ponta Vermelha. De particular relevância foi a circulação de mapas com rotas estratégicas para a Presidência da República e instruções para resistência a agentes químicos e produção de artefatos caseiros, como coquetéis molotov. A criação de grupos de mobilização estudantil e a articulação interprovincial, com deslocações organizadas para a capital, revelam uma estrutura de comando, ainda que informal, orientada para a ocupação de espaços sensíveis ao funcionamento do Estado.
Venâncio Mondlane, candidato derrotado, destacou-se como promotor da mobilização, apelando explicitamente ao encerramento de fronteiras, suspensão da atividade económica e paralisia nacional. Embora apresentadas como "desobediência civil", tais ações implicam violações constitucionais relativas à livre circulação e à ordem pública. A instrumentalização da juventude estudantil e a convergência de cidadãos de diversas províncias para Maputo, com um calendário pré-definido, evidenciam uma logística e coordenação que reconfiguram o fenómeno como um movimento nacional com intenções políticas mais profundas.
As plataformas digitais não foram apenas canais de indignação, mas instrumentos de planeamento estratégico. A circulação de mapas e instruções operacionais demonstra um nível de coordenação incompatível com manifestações espontâneas (DW, 2024). Estas ações alinham-se com o que o texto descreve como revoluções de infraestruturas digitais, onde a arquitetura da mobilização se desloca para redes não-hierárquicas. O uso das redes incluiu incitamentos explícitos à desobediência constitucional, com apelos ao bloqueio de fronteiras e atividades comerciais, e à convergência física para centros nevrálgicos do poder. Esta estratégia, aliada a uma retórica inflamada, configura o que Singh (2014) considera uma tentativa de golpe civil, baseada na ação de massas coordenadas para derrubar regimes sem recurso direto a forças armadas, mas com igual efeito desestabilizador. A operacionalização dessa mobilização via redes sociais reflete uma estratégia deliberada, sustentada em táticas contemporâneas que transcendem o protesto convencional.
Tentativa de Paralisação do Estado e Convergência Física
Em meados de novembro de 2024, Mondlane convocou uma "quarta fase" de protestos para "paralisar o Estado", apelando ao encerramento dos portos de Maputo e Matola e da fronteira de Ressano Garcia (AIM, 2024a). O bloqueio desta fronteira resultou em filas de camiões de até 15 km e perdas superiores a 400 milhões de meticais em receitas alfandegárias (AIM, 2024a; AIM, 2024b). O impacto económico foi significativo, afetando o fornecimento de bens essenciais (AIM, 2024b). Em Maputo, bairros como Baixa e Maxaquene relataram encerramento de escolas e suspensão de atividades académicas, enquanto avenidas-chave foram bloqueadas com barricadas e incêndios, afetando o acesso à Ponta Vermelha (AIM, 2024c). A mobilização urbana restringiu o transporte público, dificultando deslocamentos (AIM, 2024c).
A perturbação foi confirmada por meios diplomáticos, com a Embaixada dos EUA emitindo alerta de segurança (AIM, 2024c). A África do Sul fechou temporariamente seu posto fronteiriço em Lebombo por razões de segurança (TimesLIVE, 2024; AIM, 2024c). O bloqueio da N4, via importante para o porto de Maputo, foi documentado por operadores logísticos (News24, 2024). Durante as manifestações, houve confrontos com as forças de segurança, uso de gás lacrimogéneo e munições reais, resultando em pelo menos três mortes e dezenas de feridos (Reuters, 2024).
Em 5 de novembro, o Ministro da Defesa, Cristóvão Chume, afirmou que as manifestações de Mondlane configuravam uma tentativa de "derrubar o governo democraticamente eleito" (RFI, 2024). Dois dias depois, Maputo tornou-se o epicentro de manifestações focadas na ocupação dos acessos à Ponta Vermelha, com barricadas erguidas por grupos organizados, evidenciando um plano operacional prévio (Al Jazeera, 2024a). A mobilização nacional, com jovens de várias províncias chegando a Maputo com cartazes e slogans comuns, demonstra logística e articulação interprovincial (Reuters, 2024). Vídeos circularam mostrando empresários locais e indivíduos de origem asiática distribuindo comida e água aos manifestantes, sugerindo uma cadeia logística de apoio sustentado (Al Jazeera, 2024b). O governo sul-africano encerrou temporariamente o posto fronteiriço de Lebombo, ilustrando o impacto regional da instabilidade (News24, 2024). Conforme Singh (2014), tentativas de golpe híbrido não exigem tanques nas ruas, mas uma combinação de pressão simbólica e paralisia funcional do Estado. A tentativa de cercar a sede do poder e paralisar economicamente a cidade alinha-se com essa lógica.
Nesse dia, Mondlane reiterou em redes sociais que os manifestantes deviam "bloquear tudo até que a verdade fosse reposta", apelando à suspensão das atividades da cidade. Esta instrução, à luz de Patrikarakos (2017), representa o uso de redes digitais para catalisar desobediência civil em larga escala. Os serviços de internet móvel foram suspensos em todo o território nacional na manhã de 7 de novembro, um ato denunciado por organizações internacionais como tentativa deliberada do governo de bloquear a comunicação e o fluxo de informação (Human Rights Watch, 2024; Internet Society, 2024). O bloqueio da internet teve impacto direto nos setores bancário, de transporte e comércio digital, agravando a tensão (Context News, 2024). A reação das forças de defesa foi imediata e intensificada, com uso de canhões de água, gás lacrimogéneo e, segundo testemunhos, munições reais, acentuando o confronto (Reuters, 2024). Centenas de manifestantes mantiveram-se junto à Ponta Vermelha, erguendo barricadas e criando zonas de ocupação, reiterando a convergência simbólica e física como eixo central da estratégia de insurreição (Al Jazeera, 2024a). O custo da crise foi profundo, com prejuízos estimados em mais de 2% do PIB e destruição de infraestruturas comerciais (Context News, 2024). Em síntese, o conjunto dessas ações – fecho de fronteiras, bloqueio de vias estratégicas e interrupções urbanas organizadas – sustenta a hipótese de que não se tratou de protestos espontâneos, mas de uma tentativa deliberada de paralisação do Estado, apoiando a tese de golpe híbrido conforme definido por Singh (2014) e Patrikarakos (2017).
Actuação das Instituições do Estado e Consequências Imediatas
Em resposta aos eventos de 7 de novembro de 2024, o Ministro da Defesa, Cristóvão Chume, declarou a intenção de "derrubar o poder democraticamente estabelecido" e a mobilização das Forças Armadas para proteger a ordem constitucional (RFI, 2024). Simultaneamente, o Ministério do Interior classificou os protestos como "atos de terrorismo", justificando o uso da força para restabelecer a normalidade (BBC News, 2024). As forças de segurança implementaram um dispositivo massivo de contenção na capital, bloqueando ruas e posicionando viaturas blindadas em pontos estratégicos (RFI, 2024). Apesar da proibição de manifestações, lideranças como Venâncio Mondlane continuaram a convocar mobilizações via redes sociais, mesmo com os cortes de internet impostos pelo governo (Index on Censorship, 2024).
A repressão foi imediata e severa: entre outubro e janeiro, mais de 300 pessoas foram mortas por forças de segurança, com mais de 3.000 feridos e milhares detidos, incluindo menores, evidenciando a amplitude e gravidade da resposta institucional (Amnesty International, 2025). A escalada incluiu detenções arbitrárias de jornalistas e ativistas, além do uso desproporcional de munições letais e gás lacrimogéneo em áreas urbanas densas. O governo proibiu oficialmente protestos a partir de 15 de novembro, considerando-os subversivos e ilegais (BBC News, 2024). Mondlane, embora distante, continuou a ser acusado de liderar uma tentativa de golpe, com processos judiciais por supostos danos (Le Monde, 2024).
O cerco institucional e as ações repressivas demonstram que a resposta não se limitou à dissipação de um protesto, mas a uma abordagem tática e sistémica para impedir o acesso ao poder simbólico, legalizar o uso da força e manipular a narrativa pública. Segundo Singh (2014), o poder reside no controle de perceções e na prevenção da ação coletiva, mais do que no uso de força bruta. Patrikarakos (2017) complementa, mostrando que o controle comunicativo (internet e mídia) e a narrativa oficial são instrumentos essenciais em golpes híbridos.
Nas semanas seguintes a 7 de novembro, registou-se um êxodo interno e regional, com cerca de 13.000 moçambicanos a fugir para o Malawi devido à violência (The Guardian, 2025a). O governo iniciou um levantamento de danos, com prejuízos significativos a infraestruturas públicas e privadas (360 Mozambique, 2025). A economia do país sofreu uma retração de 4,87% no quarto trimestre de 2024, atribuível às manifestações e interrupções comerciais (Lusa, 2025). O crescimento anual caiu para 1,9%, com a instabilidade política a prejudicar investimentos e a levar à reestruturação da dívida externa (Reuters, 2025).
Relatórios de organizações como Human Rights Watch indicam que mais de 300 pessoas morreram durante a repressão pós-eleitoral, com detenções massivas e uso sistemático de força letal (HRW, 2025). Dados independentes apontam 252 mortos, com polícia e exército responsáveis pela maioria das fatalidades (The Guardian, 2025b). A fuga de 6.000 presos de uma penitenciária em Maputo durante os motins reforçou o colapso institucional. Neste cenário, o golpe alcança eficácia, segundo Singh (2014), pelo desgaste do Estado, ruína económica e medo institucional, desencadeados por estratégias híbridas de pressão civil e simbólica. Patrikarakos (2017) reitera que, na era digital, a narrativa é uma arma, e o cerco à comunicação funcionou como mecanismo de deslegitimação do Estado que precede a sua fragilização estrutural.
Considerações Finais
O exame crítico dos eventos de 7 de novembro de 2024 em Maputo revela uma complexa tentativa de golpe de Estado híbrido, uma ação coordenada simbolicamente, logisticamente e digitalmente para desestabilizar a ordem constitucional, conforme os modelos teóricos de Singh (2014) e Patrikarakos (2017). A convergência física de massas jovens, a ocupação simbólica de vias de acesso à Ponta Vermelha, o apoio logístico informal e os discursos inflamatórios excederam a esfera de protestos tradicionais, indicando uma articulação orientada para a ruptura institucional.
O corte de internet, com restrição a plataformas como WhatsApp, Facebook e Instagram, sob justificativas oficiais de manutenção da ordem, resultou numa paralisia comunicacional que fragilizou a resistência civil organizada e favoreceu a disseminação de narrativas estatais. A atuação das instituições do Estado, com bloqueios rodoviários, uso de força letal e criminalização de manifestantes, confirma que o Dia D foi interpretado como uma ação subversiva e potencialmente golpista. Essas medidas visaram não apenas a contenção da violência imediata, mas também a instrumentalização estratégica para restaurar o controle simbólico e institucional.
Singh (2014) argumenta que o sucesso do golpe reside na percepção de colapso institucional, não se limitando à ocupação militar, mas à criação de uma sensação de inevitável queda da ordem vigente. Patrikarakos (2017) demonstra que as redes digitais e narrativas públicas se tornam arenas de guerra simbólica, e, neste caso, a censura digital desempenhou um papel determinante na escalada da crise.
Para fortalecer a democracia e prevenir futuros episódios, recomenda-se a criação de mecanismos legais que proíbam cortes arbitrários de comunicação e estabeleçam limites claros ao uso da força policial e militar em crises políticas, com supervisão parlamentar independente. Sugere-se a institucionalização de observatórios cívicos com poderes de monitoramento permanente das redes sociais e veículos digitais, capazes de identificar padrões de mobilização coordenada com risco de ruptura da ordem constitucional. Finalmente, é imperativo que o ensino cívico inclua reflexões críticas sobre golpes híbridos modernos, capacitando os cidadãos a reconhecer e resistir a tentativas de subversão democrática que utilizem combinações de elementos simbólicos, logísticos e digitais.
Referências
Obras Teóricas
Patrikarakos, D. (2017). War in 140 Characters: How Social Media Is Reshaping Conflict in the Twenty-First Century. Basic Books. ISBN: 978-0465096145
Singh, N. (2014). Seizing Power: The Strategic Logic of Military Coups. Johns Hopkins University Press. ISBN: 978-1421413244
Fontes Jornalísticas e Noticiosas
1. Al Jazeera (2024a). "Mozambique protests: Police clash with demonstrators in Maputo". Disponível em: https://www.aljazeera.com/news/2024/11/7/mozambique-protests-police-clash-with-demonstrators
2. Al Jazeera (2024b). "Mozambique unrest: Scenes from the protests in Ponta Vermelha". Disponível em: https://www.aljazeera.com/gallery/2024/11/7/mozambique-protests-in-pictures
3. AIM – Agência de Informação de Moçambique (2024a). “Fecho da fronteira com África do Sul gera perdas milionárias”. Disponível em: http://www.aim.org.mz/2024/11/fronteira-lebombo-fechada-protestos
4. AIM – Agência de Informação de Moçambique (2024b). “Manifestações provocam perturbações económicas no sul do país”. Disponível em: http://www.aim.org.mz/2024/11/economia-protestos
5. BBC News (2024). “Mozambique government calls protests ‘acts of terrorism’”. Disponível em: https://www.bbc.com/news/world-africa-67362449
6. Context News (2024). “Internet blackout in Mozambique disrupts banking and transport”. Disponível em: https://www.context.news/mozambique-internet-shutdown-nov2024
7. DW – Deutsche Welle (2024). “Maputo em alerta: manifestantes tentam alcançar a presidência”. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/manifestantes-cercam-ponta-vermelha/a-67456873
8. Human Rights Watch (2024). “Mozambique: Government blocks internet amid protests”. Disponível em: https://www.hrw.org/news/2024/11/08/mozambique-internet-shutdown
9. Index on Censorship (2024). “Internet blackouts weaponised during political unrest in Mozambique”. Disponível em: https://www.indexoncensorship.org/2024/11/mozambique-internet-blackout
10. Lusa (2025). “Economia moçambicana encolhe 4,87% após crise política”. Disponível via plataformas como SAPO Notícias: https://www.sapo.mz/economia-mocambique2025
11. News24 (2024). “South Africa closes Lebombo border due to Mozambican unrest”. Disponível em: https://www.news24.com/lebombo-border-closed-mozambique
12. Reuters (2024). “Mozambique deploys army as protests escalate in capital”. Disponível em: https://www.reuters.com/world/africa/mozambique-protests-army-deployment-2024-11-07
13. RFI – Radio France Internationale (2024). “Ministério da Defesa diz que protestos configuram tentativa de golpe”. Disponível em: https://www.rfi.fr/pt/mocambique/20241106-governo-de-mocambique-considera-manifestacoes-uma-tentativa-de-golpe
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15. The Guardian (2025b). “Mozambique death toll rises after post-election crackdown”. Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2025/feb/12/mozambique-crisis-casualties
16. TimesLIVE (2024). “Lebombo border post shut after protests erupt in Mozambique”. Disponível em: https://www.timeslive.co.za/news/2024/11/07/lebombo-closed-mozambique
17. Amnesty International (2025). “Mozambique: 300 killed, thousands arrested during post-election crackdown”. Disponível em: https://www.amnesty.org/en/latest/news/2025/01/mozambique-post-election-crackdown
18. 360 Mozambique (2025). “Moçambique: Levantamento de danos após protestos revela prejuízos milionários”. Disponível em: https://360mozambique.com/noticias/sociedade/mocambique-levantamento-de-danos-apos-protestos-revela-prejuizos-milionarios/
19. HRW (2025). “Mozambique: Post-election crackdown leaves hundreds dead”. Disponível em: https://www.hrw.org/news/2025/01/20/mozambique-post-election-crackdown-leaves-hundreds-dead
20. Internet Society (2024). “Internet shutdowns in Mozambique: A threat to democracy”. Disponível em: https://www.internetsociety.org/blog/2024/11/internet-shutdowns-in-mozambique-a-threat-to-democracy/
21. Le Monde (2024). “Mozambique: L’opposant Venâncio Mondlane accusé de tentative de coup d’État”. Disponível em: https://www.lemonde.fr/afrique/article/2024/12/10/mozambique-l-opposant-venancio-mondlane-accuse-de-tentative-de-coup-d-etat_6270000_3212.html
22. Reuters (2025). “Mozambique’s economy hit by political instability, debt restructuring looms”. Disponível em: https://www.reuters.com/markets/africa/mozambiques-economy-hit-by-political-instability-debt-restructuring-looms-2025-03-15/